domingo, 19 de julho de 2009

A morte...

Eu te matei...
Pois não aguentava mais carregar a culpa, o peso, o fardo e a dor.

Não aguentava mais ferir-me e nem sangrar.

Esperar o remédio para algo que não tem cura.

Sorrir com migalhas e alegrar-me com a incerteza.

Eu te matei, pois não aguentava mais alimentar uma esperança que não se concretiza.

Viver em sonhos e esquecer da minha realidade.

Torce contra e ficar feliz de má vontade.

Acordar e pensar em você, dormir e lembrar de você.

Viver para você....e esquecer de mim.

Nas minhas fantasias, esperando por um dia, em que eu pudesse sorrir ao teu lado.

Mas eu cansei de enxugar as lágrimas que caiam, toda vez que eu percebia, que não estava ao teu lado, que você não estava aqui.

E eu cansei de te procurar e não te encontrar.
De guardar esse segredo com tanta abnegação.
De reviver cada palavra, cada momento, cada sorriso.
De me apegar ao passado com tanta convicção.
Eu cansei de fingir, eu cansei de lutar.
A batalha já estava perdida, mas eu insistia em continuar.

E a minha própria e única arma era a que mais me feria.

Esse sentimento que insistia em guardar, que insistia em ter por você.

Mas eu precisei te destruir, te esmiuçar.

Te tirar da minha história e arrancar esse presente que era você.

Porém foi contra a minha vontade, porque o meu desejo era somente de te ter.

Mas eu já estava destroçada e ferida.

E apesar da fragilidade, eu encontrei a força para acabar com essa esperança.

Em súbito, sozinha e inconsciente, por não aguentar mais lamentar, ao me encontrar em pedaços, eu decidi que já estava na hora de isso ter um fim.

E foi com os pedaços que restou, quando você me quebrou, que consegui te assassinar.

E como foi dolorido te arruinar.

Pois a única maneira que encontrei de te eliminar, foi acabando com a minha emoção.

E eu só pude te destruir, quando destrui meu coração.

E como em toda morte, o que restou foram apenas as lágrimas, o vazio, a saudade e a certeza de que você não irá mais voltar.

Desculpe-me por fazer isso, mas eu precisava te
matar.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Confrontos...

Sentimento que nos impede de fazer ou dizer coisas desagradáveis a alguém. É isso que significa respeito.
Muitos não sabem o que significam essa palavra...costumam dizer: "- Respeito a sua opinião." Mas por outro lado, machucam e deixa marcas, grandes feridas em nossos corações.

Respeitar envolve muito mais do que falar que se tem respeito ou que se entende a posição, requer um apreço, uma consideração, muitas das vezes desconhecidas ou não praticadas pela maioria das pessoas.

O mundo é livre, temos o direito de escolha, e cabe a cada um de nós tomarmos as nossas decisões, assim como nos cabe respeitar e tentar entender o porquê a pessoa escolheu aquilo, nos colocarmos no lugar delas.

E assim deixamos de lado os nossos egoísmos, pensarmos mais nos outros antes de nós, devemos sim pensar em nós, mas isso não pode, nem deve ferir o nosso semelhante, pois quando isso acontece nos tornamos egoístas, e o mundo esta repleto desses exemplos, mas não é porque as pessoas agem com egoísmo ou fazem disso um modo de vida que devemos seguir o mesmo caminho.

Quando tentamos demonstrar nossas ideias e as nossas posições, iremos enfrentar oposição.

Os confrontos virão, os desafios se tornarão evidentes e como tudo na vida, não será fácil encarar.

É uma guerra, e guerra não são amigáveis, nem admirável, são guerras e isso envolve inimizades, destruições, tristezas e uma grande hostilidade.

E estamos sozinhos, sem exercito nem saldados, sem equipe nem batalhão, sem carros nem milícias, apenas nós, enfrentando o mundo, as pessoas, as ideias, e demonstrando as nossas convicções, tentando fazer que nessa guerra prevaleça o respeito e o amor.
Por isso muitas das vezes as nossas atitudes não são vistas com a magnitude que merecem, nem aplaudidas da maneira devida.
Guerras envolvem jogo sujo, e se nós não agimos de acordo com as regras sofremos as consequências.
As lágrimas virão, o medo irá nos atormentar, seremos bombardeados de todos os lados, pressionados de todas as maneiras, iremos nos sentir fracos, caídos, mas nunca derrotados.
Mas para isso não vão poupar limites, irão usar todos os métodos, todas as palavras, todas as armas que encontrarem, eles tem um único objetivo...fazer com que desistamos
E nós temos um único objetivo, chegar ao topo, e alcançarmos a vitória.
Não importam as feridas, o sangue, a oposição, que vamos observar nos nossos caminhos.
Não importa o quanto seremos rebaixados, humilhados, menosprezados ou repreendidos.
O que importa apenas é o nosso objetivo, vencer.
E que corpos caiam ao chão, e que nos torture de todos os lados, eles conhecem os nossos pontos fracos, mas nós conhecemos os nossos pontos fortes, e são os pontos fortes que nos levarão ao triunfo.