quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Castelo de Vidro

Todos estão em frente a espelhos e só enxergam os seus próprios corpos, as suas próprias dores, os seus próprios fracassos, concentra-se nas suas angustias e querem ajuda, mas quando solicitados não podem ajudar.
Não existe mais verbos para se conjugar, o eu predomina, o eu prevalece, o eu é mais importante que o tu, que o nós, que o eles, mas esquecem que sem o tu, o nós ou o eles o eu fica invisível, solitário, reprimido.

É uma prisão coletiva, com celas individuais, não se possuem mais vizinhos, existe apenas pessoas que moram ao seu lado, não se conhecem mais o seu semelhante, as suas qualidades, os olhos críticos são apenas o que existe, os defeitos são os únicos comentados.

A sua dor é tão importante, o seu sofrimento é o mais perverso, a sua tristeza é a mais aflitiva, tudo em você é mais preocupante. Você está na fila mas não olha para trás, não enxerga outros mundos, outras vidas, é apenas o seu reflexo que reflete aquilo que você quer ver.

Você reclama do egoísmo, da corrupção, da falta de amor, mas você não dá um pão para quem te pede, não entrega o troco que te deram a mais, não olha para o andarilho. Tem mais com o que se afligir, se a oportunidade veio para que deixar fugir? Se aproveitar dos outros não é tão ruim assim. Só é horrível quando a vítima é você.

Reclama-se dos erros e neles persistem, ninguém quer a guerra mais inexplicávelmente ela existe, ninguém tem preconceito mais incompreensívelmente ele atinge. Com discursos preparados, as pessoas vivem da teoria e a sociedade da prática, funciona com os outros, mas não funciona com você.

Todos construíram castelos e nele habitam a solidão, o orgulho, a confiança, a hipocrisia, rodeados de espelhos e de covardia, enxergam apenas suas qualidades, enxergam apenas suas próprias vontades, o seu mundo, a sua imagem, são a autoridade máxima, não se permite comparações, competições. Poderoso castelo que se mancha quando outras mãos lhe tocam, que se ofuscam quando outro brilho surge. E as paredes do castelo são corbetas de vidro, o piso do castelo é feito de vidro, o teto do castelo só possuem vidros, que te fere quando você toca, pois o castelo que construísse só permite te contemplar, não existe erros, não existe falhas, existe apenas você.

Castelo de vidro que parece perfeito, mas é tão supérfluo que de nada serve, tão vazio, tão fútil, tão frágil, iguais os teus defeitos.

E se quiseres se libertar haverá que se ferir, se corte mas saia desses ecos, desses vidros destrua seus espelhos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Tudo esta confuso...

As ideias não surgem mais, e no lugar delas existe agora um imenso vazio.
Dúvidas que aparecem do nada.

Sentimentos que não se explicam, dores que não se sente.

Uma anestesia geral, que impossibilita de progredir.

Um olhar solitário, que procura encontrar algum brilho.

Pensamentos quebrados, que parecem não mais se unir.

Uma confusão que aflora no intimo da incerteza.

Tem-se a vontade, os assuntos, mas não forma-se a junção.

Um desejo de romper esse silencio que ecoa.

E a mente borbulha e trás de volta as lembranças de coisas que não se querem lembrar.

E no corpo uma falta de esperança, um olhar de desespero.

As frases repetidas, nessa rotina constante, procura um caminho diferente mas não sabe onde encontrar.

A consciência de estar perdida, procurando algum lugar.

Mas o esforço parece não trazer nenhum êxito, e os obstáculos parecem não mais ferir, e as lágrimas que apareciam com frequência não querem mais cair.

Apenas um cansaço, que não se percebe, nem se nota, apenas pode ser sentindo, no entanto é incapaz de ser decifrado.

Aprendeu-se a arte de fingir e não se pretende mais lutar.

Apenas espera, por algo que não existe identificação, inventa-se mil problemas, mil perguntas, e não encontra-se nenhuma resposta.

Momentos que são interrompidos, e perdidos, tiram o foco e ofuscam a luz, nesse imenso espaço escuro e oco.

Nada pode completar.

Um forte desejo que essas confusões contínuas, essas agonias, que passam e ressurgem cada vez mais intensas, possam desaparecer de vez.

O medo do fim faz com que ele não exista, procura-se o sossego, a tranquilidade e a paz.

Porém só se enxerga o desespero, o caos e as guerras.

A perturbação que não some, e que persegue como um inimigo que conhece cada detalhe da sua presa.

Essa falta de ordem que não pode ser definida...fica apenas na espera e torce para que esses enleios possam acabar.
Nesse mundo reciclável de ideias em que o diferente é igual, e o igual não fascina
Mostre-me o final, e me der algo variado de tudo que exista, para que eu possa entender os enigmas que não são decifráveis.
Aponte os meus erros, defina a minha solidão.
Eu apenas quero compreender e descobrir o porquê estou tão distante daquilo que hoje chamam de perfeição.

sábado, 15 de agosto de 2009

Mentiras camufladas...

Eu prometi nunca mais chorar, prometi que iria enfrentar os desafios, que sempre estaria do seu lado, que iria te ajudar, que não iria te esquecer, prometi ser eterna, ser sensível, ser forte, eu prometi ser feliz.
Torna-se um vício e as promessas são ditas sem ter a intenção de serem cumpridas, apenas faladas, como forma de alívio, mas jamais pensadas como irão ser colocadas em práticas.

Transformam-se apenas em palavras mal feitas, que são jogadas fora e ferem assim um sentimento, e então percebemos que promessas também se quebram.

São amostras grátis de mentiras, que se espera por uma realidade inalcançável, incapaz de ser possuída, sem planos, sem base, sem contrato, não se pode cobrar algo sem provas da dívida.

Engana e destroí, pois as promessas incentivam os desejos, o corpo pede, os sentimentos almejam, essa ilusão camuflada de real.

O para sempre, o eterno, o amor indestrutível, a amizade perfeita, a infantilidade de pensar que nada obterá um fim.

Pensamentos não analisados, expostos sem resultados.

E o que eu não tenho eu te prometo, te prometo por saber que não capaz de te dar, e o que eu tenho eu não capaz de me desapegar, de te entregar, de deixar de possuir.

Em promessas em me quebro, ao te prometer o que eu sei que não sou capaz de cumprir.

A mim eu prometo, aquilo que sei que não poderei ter, uma alegria insana, desejos estranhos, viver de sonhos, excluir as lágrimas, me livrar das tristezas.

Desculpe-me por não cumprir as minhas promessas, e saiba que eu te perdou por você sempre quebra-las.

Em apuros eu te prometo e em calma eu me esqueço, de que ainda devo, aquilo que te prometi.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Reluzente...

Se eu te perguntasse: "-Você é feliz?"...E você tivesse que me responder de uma maneira simples e breve, qual seria a sua resposta?

Em um hospital, uma menina esperava ansiosamente o médico para consulta-la, ele iria decidir muitas coisas e ela sabia que após sair daquela sala, iria enfrentar muitos desafios e que eles não seriam fáceis, a começar por aquele ambiente, cheia de pessoas doentes, uma cena que a deixava amedrontada e ainda mais apavorada, assustada a menina tentava se concentrar em algo bom para não demonstrar o seu desespero, e ficava perguntando-se, por que ela não poderia ser feliz como a maioria das pessoas? Por que teria que enfrentar tudo aquilo?
Para tentar esquecer um pouco a espera, ela começou a observar os outros pacientes, olhava de uma maneira tímida, e de vez em quando dava um leve sorriso para a sua acompanhante, tentando demonstrar uma calma que não existia, quando algo chama a sua atenção, ela percebe um casal, o homem dirige-se apressadamente para uma sala com a mulher e uma enfermeira, alterado com a enfermeira ele diz que ela tem que resolver o problema e que assim não poderia ficar, a menina observa tudo atentamente, o homem entra na sala, e a menina fica se perguntando o que poderia esta acontecendo? E por que ela teria que estar observando aquilo tudo? Afinal ela só queria sair dali e ser feliz.
Poucos minutos depois o homem sai da sala, mostrando um grande nervosismo, e começa a andar de um lado para o outro, passando a mão na cabeça, a menina fixa os olhos nele, ele parecia não estar notando a presença de ninguém, ele entra na sala novamente, e depois de alguns minutos sai e começa a andar perto da menina, então subitamente ele para, olha para ela e diz: "- Você é feliz... É feliz porque pode andar, pode raciocinar, tem amigos, tem uma pessoa te apoiando ai do seu lado, tem uma família, você é feliz...A minha esposa não, ela não raciocina, ela só tem a mim."

Assustada ainda com as palavras, a menina sorri levemente e diz para o homem "-Você tem razão."


Ser feliz, o estado de espírito, o sentimento que todos almejam e buscam ansiosamente, as pessoas pensam que ser feliz é não ter problemas, que ser feliz é não ter com o que se preocupar, por isso a maioria se prendem a ideias materialistas, pois acreditam que o dinheiro trará essa paz e essa felicidade, mas depois de muito buscarem esse sentimento e não obterem sucesso, algumas pessoas percebem que a felicidade não é a ausência de problemas, ser feliz é ter problemas mas ter a capacidade de raciocínio para solucionar, ter tristezas mas saber que existe amigos para consolar, sentir dores mas ter sempre uma pessoa do lado apoiando, é perder o chão mas saber que existi uma família que esta pronta para carregar e disposta a ajudar.

E a maioria das pessoas passam a vida toda procurando algo que já possuem...A felicidade nunca se esconde, ela sempre está evidente, mas nós insistimos em ignorar a sua presença.

domingo, 19 de julho de 2009

A morte...

Eu te matei...
Pois não aguentava mais carregar a culpa, o peso, o fardo e a dor.

Não aguentava mais ferir-me e nem sangrar.

Esperar o remédio para algo que não tem cura.

Sorrir com migalhas e alegrar-me com a incerteza.

Eu te matei, pois não aguentava mais alimentar uma esperança que não se concretiza.

Viver em sonhos e esquecer da minha realidade.

Torce contra e ficar feliz de má vontade.

Acordar e pensar em você, dormir e lembrar de você.

Viver para você....e esquecer de mim.

Nas minhas fantasias, esperando por um dia, em que eu pudesse sorrir ao teu lado.

Mas eu cansei de enxugar as lágrimas que caiam, toda vez que eu percebia, que não estava ao teu lado, que você não estava aqui.

E eu cansei de te procurar e não te encontrar.
De guardar esse segredo com tanta abnegação.
De reviver cada palavra, cada momento, cada sorriso.
De me apegar ao passado com tanta convicção.
Eu cansei de fingir, eu cansei de lutar.
A batalha já estava perdida, mas eu insistia em continuar.

E a minha própria e única arma era a que mais me feria.

Esse sentimento que insistia em guardar, que insistia em ter por você.

Mas eu precisei te destruir, te esmiuçar.

Te tirar da minha história e arrancar esse presente que era você.

Porém foi contra a minha vontade, porque o meu desejo era somente de te ter.

Mas eu já estava destroçada e ferida.

E apesar da fragilidade, eu encontrei a força para acabar com essa esperança.

Em súbito, sozinha e inconsciente, por não aguentar mais lamentar, ao me encontrar em pedaços, eu decidi que já estava na hora de isso ter um fim.

E foi com os pedaços que restou, quando você me quebrou, que consegui te assassinar.

E como foi dolorido te arruinar.

Pois a única maneira que encontrei de te eliminar, foi acabando com a minha emoção.

E eu só pude te destruir, quando destrui meu coração.

E como em toda morte, o que restou foram apenas as lágrimas, o vazio, a saudade e a certeza de que você não irá mais voltar.

Desculpe-me por fazer isso, mas eu precisava te
matar.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Confrontos...

Sentimento que nos impede de fazer ou dizer coisas desagradáveis a alguém. É isso que significa respeito.
Muitos não sabem o que significam essa palavra...costumam dizer: "- Respeito a sua opinião." Mas por outro lado, machucam e deixa marcas, grandes feridas em nossos corações.

Respeitar envolve muito mais do que falar que se tem respeito ou que se entende a posição, requer um apreço, uma consideração, muitas das vezes desconhecidas ou não praticadas pela maioria das pessoas.

O mundo é livre, temos o direito de escolha, e cabe a cada um de nós tomarmos as nossas decisões, assim como nos cabe respeitar e tentar entender o porquê a pessoa escolheu aquilo, nos colocarmos no lugar delas.

E assim deixamos de lado os nossos egoísmos, pensarmos mais nos outros antes de nós, devemos sim pensar em nós, mas isso não pode, nem deve ferir o nosso semelhante, pois quando isso acontece nos tornamos egoístas, e o mundo esta repleto desses exemplos, mas não é porque as pessoas agem com egoísmo ou fazem disso um modo de vida que devemos seguir o mesmo caminho.

Quando tentamos demonstrar nossas ideias e as nossas posições, iremos enfrentar oposição.

Os confrontos virão, os desafios se tornarão evidentes e como tudo na vida, não será fácil encarar.

É uma guerra, e guerra não são amigáveis, nem admirável, são guerras e isso envolve inimizades, destruições, tristezas e uma grande hostilidade.

E estamos sozinhos, sem exercito nem saldados, sem equipe nem batalhão, sem carros nem milícias, apenas nós, enfrentando o mundo, as pessoas, as ideias, e demonstrando as nossas convicções, tentando fazer que nessa guerra prevaleça o respeito e o amor.
Por isso muitas das vezes as nossas atitudes não são vistas com a magnitude que merecem, nem aplaudidas da maneira devida.
Guerras envolvem jogo sujo, e se nós não agimos de acordo com as regras sofremos as consequências.
As lágrimas virão, o medo irá nos atormentar, seremos bombardeados de todos os lados, pressionados de todas as maneiras, iremos nos sentir fracos, caídos, mas nunca derrotados.
Mas para isso não vão poupar limites, irão usar todos os métodos, todas as palavras, todas as armas que encontrarem, eles tem um único objetivo...fazer com que desistamos
E nós temos um único objetivo, chegar ao topo, e alcançarmos a vitória.
Não importam as feridas, o sangue, a oposição, que vamos observar nos nossos caminhos.
Não importa o quanto seremos rebaixados, humilhados, menosprezados ou repreendidos.
O que importa apenas é o nosso objetivo, vencer.
E que corpos caiam ao chão, e que nos torture de todos os lados, eles conhecem os nossos pontos fracos, mas nós conhecemos os nossos pontos fortes, e são os pontos fortes que nos levarão ao triunfo.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Jornafios

Foi por amor que eu escohi.
E por amor eu enfrentei, tudo e todos, o preconceito.
E a cada dia me dediquei.

Foi assim que eu percebi, que isso sempre foi o que eu sonhei.


E a cada linha, a cada letra.

Cada palavra escrita, penetram no meu coração.

E para outros só o desejo, porque não existe receita pra essa formação.
É um dom, é um presente, é sublime pura perfeição


E apesar da indiferença e da desvalorização, aprende-se que um profissional vai além da oposição.

E as confusões apenas ensinam que o amor é mais forte do que um pedaço de papel.

Porque quem ama não abandona.


Meus olhos brilham quando pronuncio teu nome.

E minha vida perde o sentindo quando penso em desitir.

Esta no meu sangue, nas minhas veias, pulsa e eu não posso fugir.


Porque só quem conhece sabe que o...

"Jornalismo é mais que uma profissão é uma verdadeira paixão."

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Irrevogável...

Ficamos tão compenetrados no presente, que nos esquecemos que futuramente ele será o nosso passado. Deixamos a rotina tomar conta, as coisas acontecerem, muitas das vezes desistimos antes mesmo de tentar, por insegurança, por deixar a lupa do medo nos aprisionar. Mas para cada ação, existe uma consequência, um resultado, e esse muitas das vezes não são agradáveis.

Os dias passam tão rápidos, e cada dia que passa leva embora um pedacinho da gente, que não se pode recuperar, muitas das vezes as lembranças doí, e a vontade de voltar ao passado toma conta, invade o nosso corpo, a nossa alma os nossos pensamentos, o desejo de apagar tantas coisas, de pode recuperar todos aqueles dias em que não dissemos nada ou em que falamos demais, o dia em que preferimos não sair, que preferimos não demonstrar o que sentimos, aquele dia que foi perdido, aquele dia que só depois de muito tempo percebemos o quanto iria alterar todas as nossas vidas. Foi por causa daquele dia, daquele momento, que tempos depois derramamos tantas lágrimas, e foi por causa daquele dia, que percebemos quão pesadas são as nossas escolhas.

E por isso que muitos se apegam a ideia de destino, pois essa tira um pouco a responsabilidade das nossas costas, acreditar que alguém seja o culpado por o que esta acontecendo, pensar que não foi nós que escolhemos, se conformar que já estava traçado, isso tudo ameniza um pouco a nossa dor e principalmente a nossa culpa.

Mas se enganar não é a solução, todos nós escutamos que as escolhas de hoje, formam o nosso futuro, mas quem presta atenção em conselhos e textos?
Afinal viver o hoje é o que interessa, sim, mas viver com responsabilidade, temos que ter em mente que as nossas vidas são como pedras ou árvores, e que depois que escrevemos algo, não mais apaga, depois de feito, de decidido, de ferido, fica marcado, e muitas das vezes o que fica marcado trás uma profunda infelicidade.

Os amigos, os amores, os familiares que muitas das vezes perdemos, por nossa culpa, por não sabemos valorizar,por pensamos que as pessoas nos ama demais para nos deixar, só que nascemos para perder as pessoas que amamos, e a pior dor é perder alguém, perder alguém mais continua vendo, falando, sabendo o que esta acontecendo, o que se passa, mas não chegarmos perto, ser apenas um mero telespectador, e não mais atuar na vida da pessoa amada.

A vontade de tentar, de fazer diferente as vezes invade, mas o orgulho ou o medo nos impede rapidamente, e ficamos com a nossa esperança cansada, morta, esperando algo que sabemos que não irá acontecer, que não iremos possuir.
Como pode o medo ser mais forte do que a coragem?

Como pode o sonho ser mais fraco do que o orgulho?

O presente passa, e com ele passa as nossas vidas, as nossas oportunidades, encontramos a felicidade diariamente, mas não percebemos e a deixamos escapar, deixamos ela ir embora, e só depois com calma percebemos o quanto feliz poderíamos ser, se tivéssemos feitos outras escolhas, outros rumos, no entanto, ao invés da felicidade o que nos acompanha é o arrependimento, a vontade de voltar, de alterar tudo, de tirar de colocar pessoas nas nossas vidas.

Nos sobra apenas um falso sorriso, um coração magoado, cansado, maltratado...sentimentos que com o passar do tempo ficam feridos e muitas das vezes parecem estar anestesiados, pois não mais reage.

E mesmo quando sabemos de tudo, de quem é a culpa, insistimos em querer lança-lá para alguém, é tão difícil aceitar que tivemos a oportunidade, que a felicidade estava nos chamando, mas por medo nós desistimos de tentar.
É tão dificil reconhecer que a culpa das nossas escolhas, pertence somente a cada um de nós.
E o resultado, é que nos concentramos tanto nas derrotas, e passamos a esquecer que há algo muito mais importante, e de muito mais valor...o nosso prémio.
Somos capazes de assumir as nossas vitórias e nos vangloriamos por elas, mas não reconhecemos as nossas derrotas, e reconhecer-lás também se torna uma vitória, um grande prémio.

domingo, 31 de maio de 2009

A Culpa.

Palavras pronunciadas, que não foram concretizadas, jogadas fora, lançadas em vão.
O que era alegria tornou-se pranto.

O que parecia verdadeiro e sincero, mostrou-se falso.

O sonho transformou-se em pesadelo.

Um sentimento que foi se destruindo com o tempo.

Que foi substituindo-se por outro, ao qual não se queria, ao qual não se desejava.

E a distância tornou-se obstáculo.

E as lembranças começaram a ferir.

E a presença já não era mais suportável.

E o que parecia não ter fim, acabou tão de repente.

Se desejava tanta coisa, mas apenas uma era real.

E o que ficou foi somente a dor, e a desilusão.

Mas a culpa prevaleceu.

Por saber que não existe nenhuma pena, para quem é assassinos de sentimentos, de confiança.

Não acreditar nas pessoas talvez seja a cura.

E talvez seja mais um erro fatal.

Os pensamentos são os únicos que fazem companhia, nessa imensa solidão e que atormentam da maneira que se deseja.

O vazio da escuridão, que agora grita.

As lágrimas são a única luz, o único brilho.

Se pudéssemos voltar no tempo, e apagar algumas histórias, algumas pessoas, alguns passados.

Não se pode curar a dor, não se pode tirar a culpa, mas pode-se aprender a conviver com elas.

Porque talvez, essa seja a maior pena que se pode pagar, ter que conviver com ambas.

A chance já passou, e não se tentou por medo de perder, e no final perdeu-se por medo de tentar.

Pois as palavras que saem das nossas bocas, pode infiltrar nos corações das pessoas.

E se não forem cumpridas, destroí sem compaixão.

Foi tudo uma grande mentira, um sentimento errado.

Mas o mesmo tempo que destruiu, irá solucionar.

Porque não há nada pior do que nos sentimos culpados...Culpados por amar.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Mídia: Magistral, Magnífica e Mortal.

Informa, atualiza, diverte, distrai, trouxe um progresso nunca visto antes.
Influência, mente, difama, aliena, aprisiona, levam as pessoas a agir como robôs.
Os dois lados da mesma moeda: A mídia em questão.

Como tudo na vida, a mídia tem os seus "podres", ela apenas esconde, por isso que a maioria da população sempre enxergam-a como magnífica e magistral.

Muitos não estão cientes da força de sua influência, mas todos sabem muito bem o que é isso, ou melhor sentem muito bem o que é isso.
Ela faz com que a maioria necessite de coisas, da qual não estão precisando, aliás, não precisam e talvez nunca precisarão, mas as pessoas precisam adquirir, afinal quem sabe um dia não precise!
Vendem bijuterias como se fossem ouro.

Sempre com o slogan do "novo".
É o novo programa, a nova novela, o novo jornal, o novo seriado....Novo?

Mas que novo? Se é tudo igual.
As mesmas programações, só mudam os apresentadores.

Os mesmos roteiros e histórias só mudam os atores.

As mesmas notícias, só muda os jornalistas.

O mesmo conto, a mesma ficção, com uma única diferença, o nome que se é dado.

Isso seria novo, sendo que já conhecemos?

A mídia é mestre em fazer isso, rotular de "novo" o que já é conhecido, apenas um toque aqui, e outro ali, uma diferenciaçãozinha, e pronto...é novo.

E o engraçado é que a maioria acredita, claro como não iria acreditar, afinal é a senhora Mídia que está falando, e ela merece respeito.

Por seguirem "padrões" determinados, que não devem ser mudados em hipótese alguma.

Mas padrões não é algo que serve como modelo? Seria a mídia um bom modelo?

É penso que as respostas sejam unânimes: Não.


Jornalistas sensacionalistas, que preocupam-se mais em fazer a notícia, do que em mostrar a notícia, estão preocupados com a audiência e não com a informação a ser transmitida, não importa se é ou não verdade, o que importa é que vai dar audiência, e se vamos lucrar, para que se preocupar com o resto?

Lamentável tal atitude, pelo visto tais "jornalistas" foram para a faculdade apenas receber o diploma, diploma na mão, colocado em um quadro na parede, o orgulho, tornou-se um jornalista.
Quatro anos e não percebeu que jornalista é muito mais do que ser reconhecido pela mídia?

Do que ter uma matéria que fez fama? Que foi reconhecida ou gerou audiência?

Quatro anos e não percebeu que jornalistas não foram feitos para criar notícias, mas sim passar e informar para a sociedade o que está acontecendo?

Tantos anos de estudos e será que não se fixou nada na mente?

Ah é, estavam mais preocupados com a nota, se iriam ou não receber o diploma, do que com o que estava sendo transmitido na matéria, é isso que dá não aprender e ao invés disso decorar, pois quando precisam não lembram-se.


Pessoas que envergonham a nossa comunicação, será que eles escolheram a profissão errada, ou sou eu que não estou no caminho certo?

Prefiro pensar na primeira opção.

Mudar, diria até melhor, revolucionar, revolucionar a mídia, a maneira como é passada, como é transmitida...
No entanto quem sou eu para criticar algo com tanto poder? Será que seremos capazes de mudar tal "máfia" já definida?
Não sei, mas por amor tenta-se tudo, e de uma coisa eu tenho certeza, não custa nada tentar.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

As portas do inferno...

Enganam-se aqueles que pensam que infernos não existem.
Eles estão nas cidades, em prédios arquitetados, rigorosamente construídos.

Camuflados de cadeias, hospitais e hospícios.

Quem entra neles percebem todo o sofrimento vivido.

O cansaço é evidente.

O medo esta sempre presente.

A dor é o pior castigo.

Um lugar de tormento, considerado o pior inimigo.

Desesperados são os que lá encontram-se.

Procuram alivio, sem êxito obter.

Tentando fugir, de um maldito lugar, em que vêem a morte funesta amedrontar.

Os gritos, os olhares, os passos sem esperança.

A ansiá da angustia, constante desconfiança.

Contando os dias, querendo se libertar.

De um ambiente, em que o tempo não passa.

E a escuridão toma conta.

Abrem-se as portas dos infernos, e observam-se as lágrimas dos que foram aprisionados.

E na noite as trevas, mostra-se o terror.

Arrefecidos em solidão.
Em um mundo destruído, só observar-se os caos.

As doenças e os crimes, são as provas do hospício coletivo em que vivemos.
Estão todos cegos e nem conseguem notar, que pior inferno do que esses é impossível encontrar.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O tempo da ditadura...

Enganam-se aqueles que pensam que a época da ditadura já passou. Hoje ela esta camuflada, mas evidente, nos pôster, outdoor, campanhas publicitárias e até em conversas informais, em todos os lugares, estão expressas às regras que devem ser seguidas.

Beleza, dinheiro, fama, devem ser seus objetivos principais. Ir de encontro a esses argumentos, é ir contra as leis.

Para nós hoje é um absurdo intolerável quando pensamos que Hitler mandavam exterminar pessoas que segundo ele não faziam parte da “raça pura”, e nem percebemos que hoje acontece a mesma coisa, só que com um método de transição diferente.

Não excluímos quando julgamos alguém pela aparência? Pelo simples fato de não se enquadrarem na estética padrão? Por o cabelo não estar similar com a atriz da TV? Mesmo que inconscientemente, fazemos isso, percebendo ou não, também estamos tentando construir a “nossa raça pura”.

As pessoas são excluídas quando não estão dentro dos padrões de beleza, quando não se amoldam a esses conceitos pré-estabelecidos.

São discursos proferidos, mas ações realizadas de uma maneira totalmente contraditória. Campanhas contra anorexia, mas o que se ver em revistas, e têndencias de modas, são modelos magérrimas, mais computadorizadas do que reais, e sozinhas as meninas tentam fazer em seus corpos , o que profissionais fazem com ajuda de maquinas e programas de photoshop, isso é um grande exemplo de que a maioria de nós temos a tendência de gravarmos melhor o que vemos do que o que ouvimos.

Você gasta todo o seu dinheiro em busca de mais dinheiro, toda a sua saúde em busca de beleza, todos os seus esforços em busca de fama, para no final perceber que nada valeu à pena. Que você fazia justamente tudo aquilo que tanto criticava.

Talvez chamar a sociedade de “Hitlezinhos” seja um pouco de exagero, mas se elas continuarem se empenhando desse jeito, em breve talvez alcancem tal título.

Será que vale a pena, se reconstruir para ficar um mínimo possível parecida com um cartaz? Esconder marcas porque para a maioria não fica bem possuí-las? Passar fome para poder ser observada como um exemplo a ser seguido? Se sacrificar em cirugias para tentar atingir a "perfeição"?

Mas seria uma grande hipocrisia afirmar que hoje beleza não importa, não desconsideremos a beleza, ela é sim muito importante, contudo importante não é essencial, e muitos não sabem diferenciar essas duas coisas.

quinta-feira, 19 de março de 2009

O Caminho...

Imaginação que voa longe.
Leva-me para lugares nunca visitados.

Caminhos nunca traçados.

Que me tira da realidade.

Que mostra um novo conceito.

Me dar forças, alegria.

E o que seria de mim sem imaginar?

O que seria do mundo sem sonhar?

Embora prefira viver na realidade, preciso de um pouco de liberdade.

Que só os meus sonhos são capaz de buscar.

Há aqueles que desistem de sonhar por medo, seja de sofrer, de se iludir.

Mas desistir de sonhar é desistir de viver.

E desistir já é sofrer.

Apenas a imaginação pode nós dar esperanças, apenas o sonho pode consolidar a confiança.

Não existe sonhos impossíveis, nem imaginações absurdas.

O sonho é o combustível do mundo.

Mas não apenas sonhe, se esforce para alcançar.

Não elabore apenas, coloque em pratica suas ideias, por mais absurdas que ache.

Não der valor aos que dizem que você não vai conseguir.

Agradeça as palavras, e siga em frente, siga seus sonhos, prove o contrario.

Acredite em você.

Se você não acreditar, não passará confiança as outras pessoas.

Se não provar para si mesmo, não conseguirá provar para ninguém.

E quem pode provar que você não irá alcançar?

São as mesmas possibilidades de atingir e fracassar.

Por isso tente.

Sonhe alto, não tenha medo de cair.

Mire na lua, pois pelo menos uma estrela você irá conseguir.

Incompetentes não são os que não conseguiram realizar os sonhos, mas sim aqueles que preferiram não sonhar.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Paradoxo.

Por que os erros que mais criticam-se, são os mais cometidos?
Criticamos tanto a sociedade, os padrões impostos, as formas de governos.
E nem percebemos que apoiamos, e concordamos com estas coisas.

Isto é algo paradoxal.
E vamos nos moldando, moldamos os nossos pensamentos, as nossas atitudes, a nossa estética.
Apoiamos um padrão, e a partir do momento que um padrão é estabelecido, ele precisa ser seguido.

Ficamos alienados pelas formas e os padrões.
Aceitamos aquilo que nos impõe, mesmo que não estejamos de acordo.

Ficamos alienados pelas formas e os padrões.
Aceitamos aquilo que nos impõe, mesmo que não estejamos de acordo.

Até porquê, somos programados desde a infância, a aceitar e nos adaptar a certos costumes.

Que podemos até não entendermos os motivos a qual foram colocados, mas somos obrigados concordar.

Justamente porque vivemos em sociedade, e viver em sociedade requer que enfrentemos desafios.

Até porquê, somos programados desde a infância, a aceitar e nos adaptar a certos costumes.
Que podemos até não entendermos os motivos a qual foram colocados, mas somos obrigados concordar.

Justamente porque vivemos em sociedade, e viver em sociedade requer que enfrentemos desafios.

Mas então, por que criticamos tanto?

Porque quando criticamos, estamos expondo as nossas opiniões, e mesmo que estas não sejam aceitas, queremos demonstra-las, mostrar o nosso modo de pensar.

Nós podemos mudar o nosso jeito, as nossas atitudes, e ate mesmo a nossa personalidade, quando quisermos, mas não podemos fazer isso com uma sociedade, com uma cultura que já foi definida.

E antes precisamos rever os nossos conceitos, fazermos as nossas decisões, para só então agir.

E a culpa não pode ser jogada somente na sociedade, temos uma grande parcela nisto.

Nos acomodamos, e deixamos que as pessoas nos conduza, de nada adianta reclamar, se não faz-se nada para mudar a situação.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

ImParcialidade...

Um dos maiores desafio que temos hoje, é tratarmos a todos com imparcialidade.
Sempre queremos "pender" para um lado, conceder maiores privilégios a alguns, tratar outros de uma maneira diferenciada.

E isto estaria errado?

Bem, talvez você pense que não, pode raciocinar que hoje em dia é impossível, sermos completamente imparciais.

E realmente, raramente conseguimos pensar com imparcialidade, mas devemos agir com imparcialidade, ou pelo menos tentar.

Nossas ações e principalmente nossas palavras tem um poder incrível de persuadir as pessoas, de manipular, de conduzir, e muitos por não saberem lidar com esse poder, usam de maneira errada, tentando na maioria das vezes discriminar alguém, ou até mesmo tentando se auto-promover.

Imparcialidade é a capacidade de ser justo, neutro de buscar apenas a verdade.

Vivemos em um mundo rodeados de pessoas que não se interessam pela verdade, que querem apenas tirar proveito da situação, querem alcançar seus objetivos e para isso não medem esforços, se tornam assim pessoas parciais, ou porque não dizer pessoas egoístas.

Lutar apenas por nossos próprios interesses podem ser algo bastante atrativo, mas assim nos tornamos pessoas pretenciosas.

Talvez você também questione que precisamos ser parciais, para assim demonstramos nossas opiniões, é, muitas vezes precisamos ser parciais, mas nunca devemos deixar que a nossa parcialidade ultrapasse os limites expostos, ou que venha prejudicar a alguém, apenas para nos beneficiarmos.

Mas hoje, quem liga para o que acontecerá com o outro?

Se você esta bem, por que se preocupar com o que pode acontecer com outra pessoa?

Por que você vai pensar no sofrimento de alguém? Você já tem os seus próprios, e não precisa de mais preocupações.

São esses pensamentos que aos poucos vão corrompendo as mentes, e que aos poucos o que antes abominávamos, agora comentemos, que antes criticávamos, passamos a elogiar, deixando assim influenciar as nossas atitudes, a nossa personalidade, deixamos de ser únicos, e nos tornamos sem perceber meras cópias.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Escolhas...


Vocação ou remuneração?
Essa é a duvida que a maioria dos jovens enfrentam.

Devemos fazer aquilo que gostamos, mas que futuramente não nos trará (talvez) aquilo que sonhamos?

Ou devemos fazer algo ao qual temos a certeza de que vamos ser bem remunerados, no entanto sabendo que essa determinada profissão não nos trará tantas alegrias?

Escolhas, a vida é assim, nos deparamos com elas todos os dias, só que umas se torna mais importantes em nossas vidas, consequentemente é mais difícil de se optar por uma decisão.
E quanto mais informações, mas difícil se torna as nossas escolhas.

Se você não faz aquilo que gosta, não colocará tanto empenho quanto a pessoa que está na mesma área e que faz aquilo com amor, assim você sairá perdendo.

E depois, você coloca a culpa na profissão, que está muito concorrida, que o mercado está fechado, que estão muito exigentes.

Só que o que mais vemos são anúncios de empregos, na verdade não está faltando empregos, faltam-se pessoas qualificadas.

E se qualificar exige esforços, e na maioria das vezes queremos algo que não precise de tantos esforços.

De nada adianta fazer algo só por dinheiro, se não se tem amor, não se tem admiração.

E se não temos admiração, tornamos aquilo entediante, exaustivo e monótono.

É tão bom, quando estamos em um ambiente agradável, com pessoas agradáveis, com assuntos agradáveis, tudo fluir melhor.

Tudo se passa mais rápido, ai percebemos que nenhum dinheiro poderia naquele momento, nos fazer mais felizes.

Não somos nós que escolhemos as nossas profissões, são elas que nos escolhe, e se escolhemos na maioria das vezes iremos fracassar.

A vocação nos escolhe...Mas muitas vezes optamos pela remuneração.

Ser jovem não é fácil, assim como ser criança, ser adulto, ser idoso, também não é fácil.

Na verdade, viver não é fácil.

Só que as vezes tornamos a vida ainda mais complicada, por fazermos escolhas erradas.

E depois jogamos a culpa no destino, afinal precisamos colocar a culpa em alguém...E esse alguém não pode ser nós.
Eu já fiz a minha escolha, e estou tentando não pensar no "se"...Até porque percebi como perdemos tempo pensando em inúmeras hipóteses, sendo que só uma irá se concretizar.

Então precisamos deixar que o tempo mostre o resultados das escolhas que fizermos.

Mas dificilmente iremos nos arrepender, por escolher algo ao qual amamos, porque desafios aparecerá em todos os lugares, só que quando ser faz algo com amor, temos mais forças e determinação para enfrentamos.

"E o salário? Este quem faz é o profissional."

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Estranhas Palavras...


Palavras ditas, que não são entendidas.
Palavras escritas, não compreendidas.

Que dói sem perceber.

Palavras que eu não queria ouvir, palavras que eu não queria que existisse.

Mas que ecoam nos meus ouvidos, como se não tivessem fim.

Que me aterroriza, que me amedrontam, que me enfraquece.

O caminho que não se pode voltar atrás.

Que por mais que se tente, sempre deixará marcas incapazes de se apagar.

Estranhas palavras sem compreensão.

Estranho mundo em plena insatisfação.

Sentimentos que não podem ser expressos em palavras, apenas sentido, que vem mortalmente ferindo.

E o que eu penso, que diferença faz?

Do que adianta planos? Se não coloco em pratica.

Do que adianta sonhos? Se eu não procuro realizar.

São apenas palavras que formam o que eu quero ser, mas palavras impossíveis de ser decifradas.

Que apenas preenche um vazio que existe em mim.

É o meu refugio, é a minha fortaleza, é o que me dar poder.

É o meu medo, a minha coragem, minha desilusão e a minha esperança.

Palavras que me ajudam a enfrentar, o caminho tão obscuro e difícil de se seguir.

Que me ajuda a curar essa dor, que me ajuda a esquecer o que eu só vivo a lembrar.

E eu vou me perdendo nas palavras, tentando me encontrar.

E as palavras que eu queria dizer, não tenho capacidade para pronunciar.

E não adianta escrever, se me falta forças para falar
.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Consternação.




Quando eu acho que estou vendo a minha felicidade, ela desaparece.
Como uma miragem, que vai sumindo aos poucos.

E eu fico nesse imenso deserto, vazio com uma grande solidão.

E as perdas me machucam tanto.

E minhas lágrimas ferem ao cair.

E o sorriso que se fazia tão presente, que alegrava o meu coração.

Some sem ao menos me dá satisfação.

E as preocupações rodeiam a minha mente.

O medo da perda, de novo se faz tão presente.

Parece que está tudo trancado, e que não tem como sair.

Eu olho pra todos os lados, tentando me libertar, tentando fugir.

E o sentimento de culpa, por ainda me achar tão inocente.

Me leva a grande consternação, por não ter a certeza.

E o meu pensamento só sabe dizer não.

As vezes ouvir a verdade traz um dor que deixam grandes marcas, talvez sem cicatrização.

Ó realidade dura e cruel, que não se deixa enganar, ela apenas nos mostra caminhos, ao qual temos que optar, e eles nem sempre são fáceis de se percorrer.

Talvez eu não suporte, mas ainda não aprendi o que é desistir.

E mesmo sem perceber, eu vou lutar até depois do fim.

Minha única esperança é que eu não perca, pois a confiança ainda prevalece em mim.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

A base do mundo.


O que lhe vem a mente, quando você escuta a palavra dinheiro?
Felicidade? Alienação? Maldição? Necessidade? O bem ou o mal?
Me vêem a mente poder.

As pessoas que tem dinheiro, se acham no poder.

No direito, na capacidade, porque possuem, e quem tem dinheiro, acha que pode comprar tudo e todos com ele.
Talvez eles tenham mesmo o poder, o poder de propocionar, o poder de tirar, mas eles não tem o poder de recompor.

Porque se tivessem esse poder, já teriam restaurado tantas coisas.
Um mero pedaço de papel, com tanto poder, um poder incrível de dominar as pessoas, de dominar um mundo.

Importante? Sim, e quem disse que não.

Dizer que podemos viver muito bem sem ele hoje, talvez seja um pouco de hipocrisia.
Mas a questão é: Por que se deixar dominar por algo sem vida?
Por que deixar de fazer, se esta ao seu alcance, só por que não vai receber em troca dinheiro?

Seria ele mais importante do que nós humanos?
Só porque você sabe que o dinheiro é importante no mundo de hoje, não significa que você dar valor a ele.

Existem muitas diferenças, entre saber a importância de algo, e dar valor a algo.

Vivemos em um mundo capitalista, onde o foco central e no dinheiro.

Onde dão ênfase ao que ele pode lhe proporcionar.

São propaganda de todos os lados, mostrando como o dinheiro é essencial, como ele faz a diferença, usam muito bem o nosso desejo de querer, de possuir.

Talvez o dinheiro lhe proporcione mais saúde, mas ele não lhe dará a vida.

Talvez ele lhe proporcione um pouco mais de alegrias, mas ele não lhe dará a felicidade.

Ele pode comprar um presente para alguém que você ama, mas ele não comprará o amor da pessoa.

Ele pode evitar as feridas, mas não as dores.
É complicado viver em mundo onde a sua base é construída de papéis.

Algo tão frágil, tão fácil de se decompor.

E uma construção só é solida e segura, quando a sua base, o seu alicerce, também é solido e seguro.

Mas parece ser tão consistente.

Só que suposição não é realidade.

E o dinheiro nos mostra apenas duas opções: Podemos dominar-lo ou ser dominado.

E a escolha está nas nossas mãos.

A regra é bem simples: Ou o utilizamos, ou ele nos utiliza.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O que é felicidade?


Ultimamente tenho me perguntando o que é a felicidade?
O que é essa alegria que todos falam, que todos buscam, que todos querem sentir?
Procurei no dicionário e ele me disse que felicidade é o bem estar, contentamento, bom êxito.
Mas para mim, a felicidade vai muito além disso.
As vezes penso que, a felicidade é que vai nos encontrar um dia. Outras vezes penso que nós é que devemos acha-lá.
A felicidade me parece complicada, aí me vem a mente, por que ser feliz é tão complicado?
E logo me vem a resposta, é que na maioria das vezes ser feliz não depende só de nós, e fica difícil realizamos algo que não está só no nosso poder, quando dependemos de alguém tudo fica mais complicado mesmo, e como diz a letra da música de Tom Jobim "é impossível ser feliz sozinho", até porque felicidade e solidão, são algo que definitivamente não combinam.
E realmente, não se pode ser feliz sozinho, isso porque se você está alegre, com quem irá dividir sua alegria, seu contentamento, seu bom êxito? A felicidade é algo que precisa, que necessita ser dividido, pois precisamos compartilha-la para obter,
e se não a dividimos achamos que não a temos.
Outras vezes acho que a felicidade é algo tão simples, que por isso resolvemos complicar, pois amamos complicar, parece que nos sentimos mais felizes quando conseguimos as coisas com mais trabalho.
E me pergunto: "Onde essa felicidade está?"
Escuto muitas pessoas falarem que dinheiro não traz felicidade, mas por que então corremos tanto atrás dele?
Não seria bem mais fácil correr atrás de algo que realmente fosse nos deixar felizes?
E consequentemente aproveitar melhor o tempo?
Acho que corremos tantos atrás do dinheiro porque sabemos que ele pode nos proporcionar momentos felizes, mas nós queremos mais do que momentos felizes, queremos sentimentos, sentimentos de amizade, de afeto, de carinho, de sinceridade, de amor e o dinheiro compra momentos e não sentimentos.
Penso que a palavra que poderia definir a felicidade é: se conformar, se estamos conformados com a situação, nos sentimos felizes, mas se quisermos sempre mais, nunca estaremos realmente satisfeitos, e a felicidade é isso estar satisfeito.
Estar satisfeito com as coisas simples da vida, com o sorriso que te deram, com a casa que você tem, com a sua personalidade, com o seu corpo, estar satisfeito pelo simples fato de enxergamos mesmo que não estejamos gostando do que estamos vendo, e mesmo que não esteja tudo bem, estarmos satisfeitos por sabermos que existem piores, mas isso exige-se coragem.
E quando estamos felizes, ficamos cheios de coragem, não temos medo de enfrentar nada nem ninguém
Talvez eu não saiba definir a felicidade, pois nunca tentei entende-lá.
Quando estou feliz, não quero saber o motivo, me alegro pelo simples fato de estar feliz.
Já isso não acontece quando estou triste, talvez seja por isso que eu saiba definir nos mínimos detalhes o que é a tristeza, mas não saiba lhe dizer com precisão o que é felicidade.
Afinal, é difícil explicar o que não se entende.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A minha vontade!!!


Eu já pensei em mudar mil vezes.
E perdi as contas de quantas vezes pensei em desistir.

Eu já desejei a morte.
Pensei em abandonar o barco.

Em jogar tudo pro alto.

De errar o alvo, chorar ao invés de sorrir.

Eu já tive vontade de mudar o mundo.

De provar pra todos, mas não querer provar nada pra ninguém.

De me vingar, pra ver se isso me fazia bem.

Eu já quis que tudo se explodisse.

Que o mundo caísse.

E não sobrasse ninguém.

Quis gritar pra chamar atenção.

Xingar algo sem ter razão.

Eu já tive vontade de ir pra lua.

De me isolar, de fugir.

Já tive vontade de bater em alguém.

De só falar e de não querer ouvir.

Já me deu vontade de fazer greve de fome, de não sair, de não olhar pra nada.

Já me deu vontade de cometer o erro, de me jogar da ponte, de andar sem rumo.

De quebrar tudo que estar ao meu lado.

De jogar tudo no chão, de bater a porta, dar meia volta, de mudar o meu caminho.

De começar tudo de novo, de matar a solidão.

Eu já tive vontade de desmascará a hipocrisia, de mostrar a falsidade e a mentira.

De desmontar o teatro, o circo e não ficar nenhum "palhaço".

De dizer: "bom dia pra quem?".
De não mostrar esperança, de me fechar, de me isolar.

Vontade de não dá o meu amor para nenhuma pessoa.

Já me deu vontade de não confiar, e não acreditar, naqueles que só querem o meu bem.

Vontade de voltar ao passado e fazer tudo diferente, vontade de estragar o presente só para não ter futuro.

Eu só queria acabar com o sofrimento, com a dor, com esse tormento.

Só queria extravasar a minha raiva, a minha revolta, a minha indignação.

E acabo chegando a conclusão:
Mas o que é a vontade se não tenho ação?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Você...


Eu sei que eu sempre posso contar com você.
Você estar sempre por perto quando preciso.

E você que enxuga minhas lágrimas quando ela cai.

Que aumenta o meu sorriso.

Que ouve o meu silêncio.

Que me dá a mão, para me ajuda a levantar quando desmorono.

Estar sempre aqui, pronto pra me ajudar.

Eu sei que somos diferentes.

Que existe distancia, mas ela nunca nos deixa ausentes.

Não me deixa perder as esperanças, me lembra que ainda existe vida, mesmo quando quero esquecer.

E quando você não sabe como me ajudar, apenas me olha e se faz presente.

É você que ilumina o meu dia, que alegra o meu caminho, que tenta me entender.

É você que me mostra que ainda vale a pena viver.

Que me suportar, quando nem eu me suporto.

Que a nossa amizade supere todas as barreiras.
Você despertar todos os sentimentos bons que existe em mim.

Eu agradeço por ter amigos assim.

São poucos, mas são as jóias mais valiosas de se ter.

E nem todo o dinheiro do mundo, pode ser comparado a você.


*A todos os meus amigos que tanto amo, com carinho!!!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Quero ser pra sempre criança!!!


Se todos preservássemos a criança que existe em nós.
Se não esquecêssemos a humildade que elas tanto tem.

Pra elas o ódio não permanece, a diferença não existe.

Mas hoje os adultos se tornaram tão sujos, que conseguem atingir as crianças.

Elas perderam um pouco da sua inocência, mas ainda assim não deixaram se contaminar por completo.

Ainda podemos observar nos seus olhos a pureza.

Elas não tem medo de chorar, não tem medo de mostrar que tem medo, de mostrar os sentimentos.

As crianças não tem medo de serem quem realmente são.

Pra elas a vida é uma festa, tudo simples, mas aí quando crescemos passamos a complicar as coisas.

Passamos a esquecer que um dia fomos crianças.

E até em alguns casos, tem pessoas que passam a não gostar de crianças.

Porque talvez, elas tem o que eles gostariam de ter, o que eles gostariam de ser.

Deveríamos tirar um dia por semana, e voltarmos a ser criança, nos fazer de bobos, brincar sem ter medo de passar vergonha, pular, correr, aliviar a carga tão pesada de ser adulto.

Mas estamos sempre muito ocupados para isso.

Quando crianças tínhamos todo o tempo do mundo, quando adultos não temos tempo pra nada.

Sei que temos responsabilidades que crianças não tem.

Mas não estou falando de responsabilidades, estou falando de qualidades.

Que perdemos, que esquecemos, conforme fomos crescendo.

Sem perceber podemos nós tornar assassinos, e matar a criança que nós faz tão bem.

O mundo seria perfeito, se misturássemos as responsabilidades de adultos com as qualidades de criança.